sábado, 7 de agosto de 2010

ÁRVORE GENEALÓGICA: Minhas raízes, minha história.

Em cumprimento a tarefa da confecção da Árvore Genealógica de minha família, proposta na disciplina de Antropologia Visual, do curso de Artes Visuais UFES-EAD, apresento a todos as minhas raízes e toda a minha história. Venho de uma família pobre e muito humilde materialmente, mas rica de amor, valores e união. Preciso antes de qualquer coisa agradecer a Deus pela família que ele me oportunizou e oportuniza conviver, pois sem ela eu não seria mais do que uma poeira na imensidão do deserto. Minha família é pois, a razão de tudo que sou e minha verdadeira riqueza.



Durante a realização dessa tarefa senti um prazer imenso em revirar o emaranhado de lembranças, resgatando cada personagem que compõe minha história e analisando a importância de cada um, seus valores, costumes e escolhas que tiveram como consequência minha existência.



Meu avô paterno José Henrique, que todos os netos sempre chamavam de "Padin Zé". Era lavrador, homem da terra, analfabeto, sábio na vida. Pai de seis filhos que criou com muita dificuldade, mas lutou e venceu essa tarefa. Veio de Minas para o Espírito Santo buscando uma vida melhor.
Faleceu quando eu tinha apenas três anos. As lembranças que tenho dele são da época que já estava doente. Meus pais tem um grande amor por ele, sempre contam passagens da vida dele que demostram a retidão desse grande homem.



Minha avó paterna Honorina. Também conhecida pelos netos como "Madinha". Mineira, analfabeta, dona de casa, mãe, lavradora. Com ela convivi bastante, aprendi muito e nos divertíamos nos almoços promovidos pela minha mãe. Lembro-me que seu doce favorito era chocolate. Dez anos antes de sua morte, ficou cega em consequência da diabetes e após seis anos teve um derrame que a deixou prostada na cama até sua morte. Faz muita falta.



Meu avô materno não o conheci. Sei que era baiano, lavrador e sabia ler e escrever. Segundo minha mãe, que viu um caderninho onde ele anotava o nome dos filhos e a data de nascimento, a letra era linda. Ele faleceu quando minha mãe tinha oito anos de idade. Sei pelos relatos dos parentes que ele era um homem bom. Faleceu de infarto fulminante enquanto atravessava um córrego montado na sua mula. Esse quadro dele montado foi a única lembrança que deixou.



Minha avó materna Lindaura era um ser humano excepcional. Mineira, dona de casa, lavradora, mãe, analfabeta. Andava descalça, saia rodada, lenço na cabeça, trabalhava como um homem na roça. Casou-se aos doze anos, quando ainda brincava de boneca. Teve nove filhos e os criou praticamente só, após a morte de seu marido. Viveu sua vida intensamente. Cativou e amou a todos de uma forma tão particular que é impossível falar dela sem me emocionar. Quanta falta sinto dessa minha vó...



Meu pai Florisvaldo é mineiro. Estudou somente a 1ª série do ensino fundamental, mas é fera em matemática. Açougueiro,pai de quatro filhos, avô. Sempre me incentivou a estudar. Ensinou-me a valorizar a minha família e me acolheu no momento que mais precisei de colo. Ele é o pai mais maravilhoso do mundo. Gostaria que todos pudessem ter a família que tenho.



Minha mãe...
Marinalva é uma pequena notável. A mulher que eu gostaria de ser um dia. Baiana, dona de casa, mãe, avó, esposa, artesã, cozinheira de mão cheia. Hum, lembrei da galinha caipira com pirão. Apesar de ter estudado só até a 4ª série do ensino fundamental, incentivou os filhos a concluir os estudos. Minha mãe me orienta, puxa a orelha quando precisa, cuida do meu filho para que eu possa trabalhar. E ao contrário de algumas avós que estragam os netos, ela o educa muito bem. Minha mãezinha é tudo de maravilhoso na minha vida.



Minha irmã Jucélia, é a mais velha, a mais séria e sempre foi responsável. Nasceu em Mucurici-ES. Inteligente e com um potencial crítico aguçado sempre se destacou na escola. Hoje é casada com Wanderlei de Limeira-SP. Ela o conheceu pela internet e na terceira vez que se encontraram foi no casamento. Foi muita sorte, ou melhor, foi designo de Deus. Pois ela tem um casamento maravilhoso e vive muito bem. Criaturinha abençoada!



Norleide, é a minha irmã do meio. Nasceu em Mucurici-ES. Sempre foi minha companheira nas horas alegres e nas tristes. Tem o dom do sorriso e a alegria é sua marca registrada. Formada em biologia atua como coordenadora da vigilância sanitária em nosso município. Muito segura de si e religiosa ela é simplismente minha amigona.



Eu, Fernanda, sou a mais nova das meninas. Também nasci em Mucurici-ES. Sou professora, casada com João (um ótimo marido), tenho um filho chamado João Pedro. Sou graduada em Normal Superior, estou concluindo o curso de Pedagogia e sou aluna do curso de Artes Visuais da UFES-EAD. Sou feliz com tudo que conquistei e almejo ser um ser humano cada vez melhor.



André é o caçula dos filhos, que nasceu por insistência dos meus pais em ter um filho homem. Ele é o xodó da família. Nasceu em Boa Esperança-ES. Atualmente mora em Vitória-ES, é casado com Nataly e apesar de estar longe, continua unido ao resto da família pelo amor. É o um filho exemplar para os meus pais.



Esse é meu lindo João Pedro. O maior e melhor presente que Deus me deu nessa vida. Ele é a vida e a alegria de minha família. Tudo gira em torno dele, e está sendo educado com todo amor que minha família passa de geração para geração. É a menina dos meus olhos. AMO INCONDISCIONALMENTE!

3 comentários:

  1. Amei sua história Fernanda, tudo muito lindo.

    Parabéns!
    Que Deus abençoe essa família linda!

    Ádina

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  2. Viajando na sua história percebemos como são importantes nossas raízes, nossas memórias... nos fazem mais fortes, mais seguros e mais sensíveis.
    Sua árvore está linda, impregnada de sentido e amor.
    Abraço grande!

    Maria Eugenia

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  3. Amiga você é uma arte em pessoa,tudo que você toca vira arte,parabéns.Tudo muito lindo.

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